WICCA


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WICCA:

Wych em saxão e Wicce em inglês arcaico significam "girar, dobrar, moldar". Uma palavra radical indo-européia ainda mais antiga, Wic, ou Weik, também significa "dobrar ou moldar". A palavra "Witch" também pode ter a origem na antiga raiz germânica Wit – Saber. A palavra "Wicca", que tem a mesma raiz que "Witch" - vem do inglês antigo "wicce", proveniente da raiz saxônica "wic'" e hoje está relacionada com religião e magia. Assim: Wicca era uma palavra do Inglês Antigo (pronunciava-se 'witcha') que significava homem sábio ou xamã sendo ‘wicce’ a forma feminina.

A Wicca surgiu no período Neolítico, em várias regiões da Europa, onde hoje se localiza a Irlanda, Inglaterra, País de Gales, Escócia, indo até o Sudoeste da Itália e a região da Britânia na França. Quando os Celtas invadiram a Europa, quase mil anos antes de Cristo, trouxeram suas próprias crenças, que, ao se misturarem às crenças da população local, originaram o sistema que deu nascimento à Wicca. Foi somente na Idade Média que a Bruxaria foi relegada às sombras com o domínio da Igreja Católica e a criação da Inquisição, cujo objetivo era eliminar de vez as antigas crenças.

A religião Wicca ressurgiu com o bruxo inglês Gerald B. Gardner que impulsionou o renascimento do culto, com o nome de Wicca, juntamente com outros bruxos e bruxas, em meados dos anos 40 e 50. Após a revogação da última lei britânica sobre bruxaria, em 1954 elelançou o livro “Bruxaria Hoje”, considerado um marco para o renascimento do paganismo mundial. Ele alegou que: a religião, na qual ele fora iniciado, era uma sobrevivente moderna de uma antiga religião da bruxaria, que tinha existido em segredo durante centenas de anos, originária do Paganismo pré-cristão da Europa. A Wicca é, assim, às vezes referida como a Velha Religião, ou a Nova Religião dos Velhos Deuses.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O dia do Índio - medicina indígena

Medicina indígena corresponde ao comportamento orientado para obtenção e preservação da saúde através das práticas culturais dos Povos ameríndios.

Segundo Estrella, (1985) a medicina indígena apresenta os seguintes elementos estruturais: Florentina

a) aplicação de um conjunto de regras, modelos rituais, expressões ou ações que emergem historicamente da vida prática e da ideologia de um grupo social, e que conforma uma série de enunciados acerca da saúde e da doença.

b) prática esta que propicia o desenvolvimento de um “saber médico” onde se pode identificar: grupos de objetos ou enunciados, jogos de conceitos, séries de escolhas teóricas. Elemento que não constituem uma ciência, como uma estrutura idealmente definida e nem são tampouco conhecimentos amontoados procedentes de experiências, tradições ou descobrimentos unidos apenas pela identidade do sujeito que os gerou. São elementos a partir dos quais é possível construir proposições coerentes (ou não), desenvolver descrições mais ou menos exatas, elaborar teorias.

c) os enunciados desse saber médico se constituem sobre elementos empíricos, mágicos, míticos religiosos e racionais sendo especial a influência da ideológica exercida pela religião católica.

d) os enunciados, conceitos e práticas deste saber médico estão em boa parte, em oposição à ideologia dominante da formação social.

Arte Médica dos índios brasileiros

No livro de 1844 de von Martius, Karl Fridrich Philipp Natureza, Doenças, Medicina e Remédios dos Índios Brasileiros esse autor, com toda a carga de preconceitos do século XIX observa que o médico chamado pajé na língua tupi apesar de não ser doutor, nem mesmo um mestre, ou seja, os títulos de um professor ou médico europeu de não fazer parte de grêmio ou corporação que lhes dê direito de curar possui mais poder e influência na tribo que os seus congêneres europeus graças à ignorância desta.

No seu entender é comparável à magia e feitiçaria e ao xamanismo dos nômades asiáticos, compara-os ainda ao sacerdote, profeta e adivinho, zelador das coisas sagradas, conselheiro e legislador, sempre um indivíduo de ascendência e influência na tribo, que se distinguem pelo espírito de observação, astúcia e laboriosidade, observando que esse mister às vezes também está nas mãos de mulheres velhas.

Em vários momentos de sua obra faz referência a um culto ou saber desaparecido de modo semelhante aos xamãs siberianos declarando-se pessimista quanto a possibilidade destes (a raça) encontrarem uma resolução de suas demandas de saúde por recursos próprios, ou face a sua condição social, pelo alcance da ciência médica européia, reconhecendo porém seu vigor (constituição robusta) e longevidade antes de seu contato com a civilização.

Não reconhece nenhuma doença da época como exclusiva dos indígenas e atribui origem às Índias Ocidentais à: cholera morbo, febre amarela e dà Costa Oriental Africana a vena medinensis (dracontiase) à Europa atribui a varíola e sífilis, doenças por serem exógenas não possuíam tratamentos específicos.

Uma proposição

Os interessados no tema se deparam diante do desafio de identificar elementos comuns ou padrões nas diversas tradições dos povos americanos (e dos povos que lhes deram origem) enquanto sistemas etnomédicos (xamanismo) ou medicinas tradicionais derivadas (ou que se confundem) com os sistemas míticos religiosos aos olhos da prática médica ocidental - a moderna medicina baseada em evidências ou da antropologia da saúde.

A identificação da coerência e unidade desse saber pode favorecer a tarefa de oferecer serviços de saúde as populações remanescente o que no Brasil corresponde à FUNASA – Fundação Nacional de Saúde e nos EUA Estados Unidos da América do Norte ao Indian Health Service

Sem pretender elucidar as questões de determinação estrutural do idioma ou de outros elementos culturais ou tomou-se como referência o universos dos principais troncos e famílias lingüísticas a partir do qual se reúnem dados etnográficos dos sistemas míticos religiosos e práticas xamãnicas dos povos indígenas.

Assim sendo identifica-se no Brasil como principal grupos lingüísticos, em torno dos quais estão reunidos os achados etnográficos relativos às práticas de saúde:

* O Tronco Tupi e a família Tupi-Guarani
* O Tronco Macro-Jê
* A família Karib
* As Famílias Aruák e Arawá
* As FamíliasTukano, Maku e Yanomami

ou seja vislumbra-se a possibilidade de identificar-se mitos e referências específicas à práticas de saúde nas línguas indígenas e áreas culturais em que estas se subdividiram, no mínimo como um vocabulário para subsídio da organização das intervenções sanitárias e diálogos com essas populações. Numa proposição mais ampla (povos ameríndios) temos ainda os seguintes troncos e famílias lingüísticas na América:

* Esquimó aleuta
* Na dene
* Algonguiano - ritwan
* Siouan
* Salishan
* Iroquês
* Otomangue (Zapoteca)
* Nahualt (Asteca)
* Chibcha
* Maia
* Quechua

Incluem-se nas práticas terapêuticas dos povos da América do Sul: o uso do Tabaco (Nicotina tabacum), aplicação de calor e defumação, massagens, fricções, extração da doença por sucção/ vômito, escarificação no tórax e locais inflamados com bico, dentes de animais ou fragmentos de cristais equivalentes às antigas técnicas de sangria; o uso de plantas psicoativas como a Jurema (Mimosa nigra; M. hostilis), a Ayahuasca ou Hoasca (Banisteria caapi & Psichotria viridis), o Paricá (Piptadenia peregrina, P. macrocarpa) e o Guaraná (Paullinia cupana). A utilização de produtos animais como as secreções do anuro Phyllomedusa bicolor, utilizado popularmente no norte do país como "vacina do sapo"

Na América do Norte e Central, encontraremos plantas psicoativas como a Datura ([[Datura stramonium]]) e cactos (Lophophora Williamsii - o Peiote); além de fungos ou cogumelos (Psilocibe e Stropharia) e técnicas semelhantes à sauna (câmaras de suar – suadouros).

A distribuição por área geográfica e organização específica desse saber em relação à práticas empíricas de diagnosticar doenças (Etnomedicina) e selecionar plantas e dietas a ser utilizadas como medicamentos é específico de etnias - tarefa da Etnobotânica que possivelmente obedecem a lógica da derivação de idiomas e distribuição demográfica em áreas culturais .

Alguns antropólogos chamam atenção para especificidade das medicinas das antigas civilizações dos Incas, Astecas e Maias especialmente a primeira que inclui práticas cirúrgicas como trepanações do crânio com finalidade neurocirúrgica não completamente esclarecida (descompressão de tumores, hematomas, hemorragias).



Fonte: Wikipédia

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